Alguns poemas no mallarmargens.
27.1.12
Ecce humu, poemas.
De DIACRONIA POÉTICA*
III
A primeira vez que li Teresa
das duas, uma: eu era estúpido
ou o poema ia mal das pernas
Quando li Teresa de novo
achei preciso envelhecer os olhos de lê-lo
(envelhecê-los a ponto de símio para apreender
[Deus nas retinas)
Da terceira vez não li mais não
entre pernas estúpidas
não pude com ele, e me ri
IV
João amou Teresa que
amou Raimundo
que amou Maria que
amou Joaquim
que tinha sido amante de Lili que tinha SIDA
14.10.11
Ecce humu.
"Se a literatura estragou tuas melhores horas de amor, anda, compra este livro. Mas deixa – que Drummond também não pôde dinamitar a ilha de Manhattan, sozinho. Quedê teu par para um tango argentino? Pergunta ao Pessoa. A única conclusão, dileto leitor, ainda é morrer. Enquanto te esforça por repelir a ideia (quem não o faria?), mete a mão no bolso e leva este livro. Lê em outro momento, no entanto, se por agora o sol doira sem literatura.
Felipe da Fonseca é desses que, mesmo jovens, descendem das melhores linhagens de nosso Modernismo e, antes de torná-lo um retardatário, isto mais lhe aguçou os olhos de enxergar seu tempo.
Eis um poeta."
Ecce Humu
Felipe da Fonseca
ISBN 978-85-7961-537-5
70 págs
R$ 30,00
Assinar:
Postagens (Atom)